Os humanos sempre tiveram uma relação próxima com as árvores. Elas tem sido vitais para a nossa sobrevivência, permitindo-nos fabricar ferramentas e abrigos, bem como combustível para fogueiras e, em alguns casos, até fornecer-nos comida.
Hoje em dia, a maioria das pessoas está mais ciente da importância das árvores. Seu papel em nosso bem-estar contínuo é aceito e apreciado, embora ainda dependamos deles para a madeira que fornecem.
A madeira é um material ideal, com muitos usos e aplicações em nossas vidas, especialmente móveis de madeira. Por meio do manejo sustentável, podemos continuar a usar madeira sem arriscar ainda mais o meio ambiente.
A Imbuia normalmente se refere a madeira comercial derivada de nogueiras brasileiras, mas também se refere às próprias árvores. Neste artigo iremos compartilhar mais detalhes sobre este tipo de madeira, suas características e usos.
Conhecidas pelos nomes binomiais Ocotea porosa ou Phoebe porosa, as árvores são nativas de áreas subtropicais do sul do Brasil. Nomes comuns e variações na grafia incluem "imbuia", "imbuya", "embuia", "embuya" e simplesmente “Noz do Brasil”.
Embora comumente referida como uma nogueira, Ocotea porosa não compartilha nenhuma semelhança científica com as árvores da família das nozes.
As árvores maduras atingem alturas de até 39,6 m com troncos de até 1,83 m de diâmetro. As folhas são longas, estreitas e ligeiramente pontiagudas, com uma cor verde suave a brilhante.
O tronco principal da Ocotea porosa frequentemente se bifurca próximo ao nível do solo, produzindo uma aparência dividida na maturidade. Grandes crescimentos globulares no tronco, conhecidos como bolsas, também são comuns.
A imbuia cresce naturalmente em grandes agrupamentos, conhecidos como talhões, próximos à região da floresta de Araucárias no sul do Brasil. Outros estados do Brasil, incluindo Rio de Janeiro e São Paulo, hospedam pequenos ou limitados povoamentos nativos de árvores de imbuia.
Considerada uma espécie ameaçada em seu habitat de floresta tropical nativa, esta variedade particular de árvore se adapta a altitudes entre 609,6 m e 1219,2 m. Embora os povoamentos nativos sejam considerados ameaçados ou vulneráveis, há uma demanda comercial considerável pela madeira.
Apresentado em uma variedade de produtos de ponta, de mesas a esculturas artísticas, a Imbuia é mais frequentemente fresado para folheados, pisos de tábuas, marcenaria e outras carpintarias decorativas.
Quando fresado, o acabamento da madeira serrada é considerado fino, com brilho médio a alto. As cores variam de uma azeitona amarela a um castanho chocolate escuro, com um grão variegado marcante.
A madeira recém-moída tem um aroma forte, mas atraente, de especiarias, embora o aroma se dissipe à medida que o processo de secagem continua.
A madeira de imbuia tem uma resistência natural a certos fungos que aceleram a decomposição da madeira. Da mesma forma, a madeira de imbuia é naturalmente resistente a certos cupins.
Painéis e outros produtos de madeira feitos de imbuia normalmente requerem pouco ou nenhum tratamento químico, verniz ou outros conservantes.
Embora seja nativo de florestas tropicais, o imbuia é adequado para climas subtropicais e outros habitats ricos em umidade.
A demanda por produtos de madeira de imbuia, apesar do status ameaçado da árvore, ajudou a estimular sua popularidade tanto como produto comercial quanto como árvore de horticultura para uso doméstico.
Os esforços de conservação no Brasil buscam proteger localidades nativas selecionadas em um esforço para neutralizar a exploração de madeira e dar a natureza um crescimento lento com uma oportunidade de se recuperar.